11 outubro, 2008

Universidade cria Beagles para pesquisa científica

Eles são dóceis, têm o olhar triste e abanam o rabo, enquanto enfiam os focinhos pelos buracos da cerca, à espera de um afago dos visitantes.
O porte médio, o peso, o fácil manejo e o temperamento dócil fazem com que os cães da raça sejam utilizados em experimentos e para dar suporte ao ensino acadêmico.


Vários cães da raça beagle - a do personagem Snoopy, dos desenhos animados e quadrinhos - são criados na Universidade Estadual de Maringá (UEM) para servir como cobaias nos mais diversos tipos de pesquisas, como fabricação de medicamentos.

O destino, na maioria dos casos, é o sacrifício dos cães ao final da pesquisa.

O Biotério Central da UEM é o responsável pela criação dos cães, que assim como os ratos, mais tarde serão destinados a experimentos e também para dar apoio ao ensino.

De acordo com a médica-veterinária, coordenadora e responsável técnica pelo Biotério, Vânia Antunes, os beagles são utilizados nessas atividades por serem animais de porte médio, com peso adequado e de fácil manejo.

Ela explica que, desde o acasalamento deles até o fim das experiências, todos os procedimentos são regidos pela legislação federal vigente, que busca, entre outros pontos, impedir que os animais sofram, incluindo os casos em que devem ser sacrificados.

Apesar de a prática chocar algumas pessoas, Vânia explica que ela é necessária, exigida por diversos órgãos e indispensável para a descoberta de curas para as doenças - a insulina, por exemplo, foi descoberta a partir de experiências com cães.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exige que todos os medicamentos sejam testados antes em três espécies de animais”, relata.

Além disso, ela revela que, como os animais no Biotério são criados sob critérios específicos para as pesquisas, evita-se a utilização de vários deles para que a experiência tenha validade no meio acadêmico e aplicabilidade posterior.

“O animal que não é criado da maneira adequada não pode ser utilizado, porque orgão nacionais e internacionais não aceitam.”

Por conta disso, todo o trabalho que cerca os biotérios no País trabalham com a ciência em animais de laboratório, cuidando deles para que não fiquem estressados, por exemplo.

“As pessoas sabem que existe a pesquisa, mas desconhecem a existência de um setor específico estruturado para produzir animais”, comenta Vânia, em relação ao Biotério.

O Comitê de Conduta Ética de Experiência Animal local, da qual Vânia é presidente e uma das integrantes é membro da Sociedade Protetora dos Animais, avalia também as pesquisas, a fim de certificar que os procedimentos adotados estão, de fato, de acordo com a legislação.

A raça

Entre outras características, os cães da raça beagle são conhecidos pelo bom faro que tem. Por conta disso, são utilizados para a caça a outros animais em alguns países.
Em geral, o cão tem entre 33 e 45 centímetros de altura, pesa de 15 quilos a 20 quilos e tem pelagem que mescla as cores branca, preta e marrom.





O que mais impressiona é que a Dra. Vânia acha mesmo que a forma como eles criam os animais é a forma "adequada".
Adequado é ele estar livre dessas gaiolas e não sofrer esse tipo de abuso, ser obrigado a ingerir esses produtos quimicos de forma totalmente bruta, que se fosse praticado em algum humano, certamente seria considerado como crime hediondo.


Para ver mais detalhes basta clicar no link abaixo:
http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/201639/

05 outubro, 2008

Contrato Animal

Segundo Desmond Morris em seu livro O Contrato Animal, precisamos de uma nova Declaração de Direitos para os animais - dez mandamentos que nos forçarão a respeitar nossos Contratos Animais em todos os aspectos:
  1. Nenhum animal será dotado de qualidades imaginárias boas ou más para satisfazer nossas crenças supersticiosas ou preconceitos religiosos.
  2. Nenhum animal será dominado ou degradado para nos divertir.
  3. Nenhum animal será mantido em cativeiro a não ser que possam ser dadas a ele ambientações física e social adequadas.
  4. Nenhum animal será mantido como companheiro a não ser que possa adaptar-se facilmente ao modo de vida de seu dono.
  5. Nenhuma espécie animal será levada à extinção devido à perseguição direta ou a aumentos crescentes da população humana.
  6. Nenhum animal sofrerá dor ou angústia para nos proporcionar um esporte.
  7. Nenhum animal será sujeito a sofrimento físico ou mental para fins experimentais desnecessários.
  8. Nenhum animal de fazenda será mantido em ambiente inadequado a fim de fornecer-nos alimento ou produtos agrícolas.
  9. Nenhum animal será explorado pela pele, couro, marfim ou qualquer artigo de luxo.
  10. Nenhum animal será forçado a cumprir tarefas pesadas que lhe causem estresse ou dor.

fonte: http://www.institutoninarosa.org.br/